Pois é, a casca é mais nutritiva que o conteúdo. Uma análise recente da SESI-SP, em parceria com a Unifesp, concluiu que essas partes “não convencionais” podem ter muito mais nutrientes que a própria polpa do alimento.
O estudo fez uma comparação das partes dos alimentos.
Olha só o que alguns deles guardam! São verdadeiras preciosidades nas cascas ou folhas:
Casca do mamão: é rica em potássio (duas vezes mais que a polpa) e fósforo (50% mais), mineral importante, que constitui as membranas, atua no funcionamento das enzimas e ajuda na absorção das vitaminas do complexo B.
Casca do pepino: quase ninguém come, mas tem três vezes mais fibras e seis vezes mais vitamina A do que a polpa. Essa vitamina auxilia na manutenção da visão, da pele e da memória, além de atuar no crescimento dos ossos e dos tecidos.
Rama da cenoura: a parte verde, usada para tirar a cenoura da terra, é fonte de muito cálcio (13 vezes mais do que a polpa), que atua na formação e manutenção dos ossos; e de ferro, nutriente indispensável para a produção de hemoglobina, presente só na rama.
Casca da mexerica: a polpa é uma ótima fonte de vitamina C, e a casca tem o dobro da quantidade. Vitamina A, então, tem sete vezes mais que a polpa; e cálcio, quatro vezes mais.
Semente do melão: tem 25 vezes (isso mesmo!) mais proteína do que a polpa. Já a casca tem o triplo de cálcio e de fósforo.
Folha da beterraba: essa tem 120 vezes mais vitamina C do que a polpa. Em relação à vitamina A, a quantidade encontrada em 100g da folha já atenderia às necessidades diárias de um adulto.
Modo de usar:
Mas como é que se usa tudo isso? Primeiro, faça uma higiene bem adequada nas cascas de qualquer alimento.
O ideal é colocar 1 colher de água sanitária para cada litro de água e deixar de molho. Depois, lave em água corrente para tirar o gosto da água sanitária.
O próximo passo é usar a criatividade.
Dá pra trocar o suco de laranja da receita de um bolo por um copo de suco de casca de mamão (bata a casca com água e coe).
Ou acrescente a casca de banana picadinha num refogado ou numa torta... Claro que seu filho pode estranhar o gosto no começo, mas é normal.
O sabor de um alimento novo precisa ser aprendido pela criança, mas você tem de oferecer a novidade, e de forma agradável, cerca de dez vezes, até ela se acostumar.
Vá com calma, em quantidades pequenas, misturadas às receitas preferidas do seu filho.
Consultoria: Eliana Cristina de Almeida, mãe de Marcela e Vinícius, nutricioniste mestre em Ciências Pediátricas pela Unifesp, almeidaeli@ig.com.br.
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O estudo fez uma comparação das partes dos alimentos.
Olha só o que alguns deles guardam! São verdadeiras preciosidades nas cascas ou folhas:
Casca do mamão: é rica em potássio (duas vezes mais que a polpa) e fósforo (50% mais), mineral importante, que constitui as membranas, atua no funcionamento das enzimas e ajuda na absorção das vitaminas do complexo B.
Casca do pepino: quase ninguém come, mas tem três vezes mais fibras e seis vezes mais vitamina A do que a polpa. Essa vitamina auxilia na manutenção da visão, da pele e da memória, além de atuar no crescimento dos ossos e dos tecidos.
Rama da cenoura: a parte verde, usada para tirar a cenoura da terra, é fonte de muito cálcio (13 vezes mais do que a polpa), que atua na formação e manutenção dos ossos; e de ferro, nutriente indispensável para a produção de hemoglobina, presente só na rama.
Casca da mexerica: a polpa é uma ótima fonte de vitamina C, e a casca tem o dobro da quantidade. Vitamina A, então, tem sete vezes mais que a polpa; e cálcio, quatro vezes mais.
Semente do melão: tem 25 vezes (isso mesmo!) mais proteína do que a polpa. Já a casca tem o triplo de cálcio e de fósforo.
Folha da beterraba: essa tem 120 vezes mais vitamina C do que a polpa. Em relação à vitamina A, a quantidade encontrada em 100g da folha já atenderia às necessidades diárias de um adulto.
Modo de usar:
Mas como é que se usa tudo isso? Primeiro, faça uma higiene bem adequada nas cascas de qualquer alimento.
O ideal é colocar 1 colher de água sanitária para cada litro de água e deixar de molho. Depois, lave em água corrente para tirar o gosto da água sanitária.
O próximo passo é usar a criatividade.
Dá pra trocar o suco de laranja da receita de um bolo por um copo de suco de casca de mamão (bata a casca com água e coe).
Ou acrescente a casca de banana picadinha num refogado ou numa torta... Claro que seu filho pode estranhar o gosto no começo, mas é normal.
O sabor de um alimento novo precisa ser aprendido pela criança, mas você tem de oferecer a novidade, e de forma agradável, cerca de dez vezes, até ela se acostumar.
Vá com calma, em quantidades pequenas, misturadas às receitas preferidas do seu filho.
Consultoria: Eliana Cristina de Almeida, mãe de Marcela e Vinícius, nutricioniste mestre em Ciências Pediátricas pela Unifesp, almeidaeli@ig.com.br.
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